E quando passares por esta rua...
E quando passares por esta rua,
Recamada pelas cores d'outono...
Onde vaga só tu, soturna lua,
Nesses prados ermos do eterno sono.
Em meu peito morrerão calados,
Ó sonhos que cantaste nesta vida!
Só a ária da saudade nesses prados,
Ecoando numa lápide esquecida.
Trazem a solidão d'um velho sino,
Essas folhas vibrando em meu destino.
Essas que outrora cobriam essa rua...
Recamada pelas vestes d'outono,
Nesses prados ermos do eterno sono,
Onde vaga só tu, soturna lua.