Salmo 23

Cerro as pálpebras dos meus olhos já cansados.
De tanto te esperar surgir na linha do Horizonte.
E enquanto o sol se esconde atrás do monte.
Eles se abrem pra admirar os tons alaranjados.

Desanimada olho de novo o relógio apressado.
E lá se vão as horas escoando na ampulheta.
Meu coração fraco já dependente de muleta.
Perde o equilíbrio e vai bater descompassado.

Mas pra disfarçar se porventura ainda é cedo.
E se convencer que não precisa sentir medo.
Meu eu romântico tenta fazer mais uma prece.

E é assim que eu rezo o Salmo Vinte e Três.
E peço a Deus sua clemência mais uma vez.
Essa é a rotina que quem ama não merece.

Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 05/12/2020
Reeditado em 06/12/2020
Código do texto: T7128524
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