Lágrimas de Prata
Lágrimas de prata
Senhor! Escutas meu grito profundo!
Q'eu me banho na tua Chuva chorada
Faz-me uma arca, para flutuar no mundo
Entre rios e lágrimas de prata...
Se me perco na dor da madrugada
E se, nesse instante, o vil é fecundo,
Se ele dominar-me -- o que não te agradas --
Em choros, prantos, berros... eu me inundo...
Eu sou, Senhor, um pobre sofredor
Um párea, e pecanimoso ator
De um Auto encenado no Universo...
Sou apenas matéria sem Deus -- o Eterno --
Preso nas grades do mundo -- vil inferno --
Buscando a Forma do Ser em meio aos versos...