Pendem das hastes as rosas queridas...
Pendem das hastes as rosas queridas,
Ao sopro das brisas passageiras...
Partem sem que saibamos nossas vidas,
Silentes como as aves derradeiras.
Nos prados, florescem, na lividez
Sombria da madrugada fulgente...
Belas e alvas flores na palidez
D'aurora silenciosa, esvanecente...
D'ampla abóbada etérea e celeste,
A luz que tomba por esses fadários,
D'esplendores o bosque lhe reveste.
Minh'alma vendo os prados, a vagares,
Segue como esses seres solitários
Que na noite cantam os seus pesares.