Controle

Há viva em mim uma revolta louca

de não poder agir como quisera

quando infame mal trava-me a goela

cerrando o grito antes de vir-me à boca

infla-me o surto de uma forasteira

que a vida arrasta sempre pra mais longe

qual mato bituca acesa incendeia

gritando ao vento que em vão lhe reponde

Raspando-me a rijeza nas andanças

as pedras chuto e avante vou seguindo

atrás do bem que quase não me alcança

nos intervalos quando posso e grito:

requeiro apenas o direito (insano?)

desse silêncio imposto ver-me livre