NO SILÊNCIO DAS CACIMBAS

No silêncio das cacimbas do sertão,

O olhar sério e silente do viril sertanejo,

Sem vir a chuva benéfica, seu maior desejo,

Para cuidar do gado e cultivar ali sua plantação.

Cacimbas de águas turvas, barrentas...

Matando a sede do sertanejo sedento

E dos animais esqueléticos que caem ao relento,

De fome malvada na triste tarde cinzenta...

O mandacaru queimado, paliativo emergente...

O gado sofre a dor da fome e também dos espinhos,

Nas agruras da seca no sertão nordestino...

Riachos secos, leito ressequido, desolação envolvente.

Mesmo triste, o sertanejo cuida com muito carinho,

Do gado, dos seus campos... E segue o seu destino...

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 17/12/2020
Reeditado em 18/12/2020
Código do texto: T7138110
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