Na Solidão da Madrugada
Recordo-me dos dias meus tristonhos,
Soledade da noute que aflora...
Sombra querida dos meus áureos sonhos,
Melancolias do bosque na aurora.
Ecoas a voz dos meus sentimentos,
Ai, na erma madrugada que esvoaça...
Ninguém qu'ouve o grito dos meus lamentos,
Não, pela calçada ninguém que passa.
E a angústia vai entrar por essas portas,
Outra vez, nessas horas frias, mortas,
Onde se ouve as dores do coração...
Recordo-me dos tempos já passados,
Dos lírios dos sonhos despedaçados,
Ó noutes de terrível solidão!