Dom da poesia

Penetra humildemente o Reino da Poesia,

olhar aberto, atento àquilo que ouvirás.

Caminha levemente, alerta às coisas, mas

desarma o coração e busca a sintonia.

Não tenhas pretensão de ser senhor, sujeito

do traço que brotar da pena em tua mão,

pois antecede ao mundo, o verbo, em criação.

o canto a ser forjado, há tempo, estará feito.

A sensibilidade é apenas instrumento,

no Reino da Poesia, está tudo acertado.

A cada qual, papel, em pleno arranjamento.

Aceita, então, agora o dom que te foi dado,

ouvindo, com clareza, a voz de encantamento.

A Musa suave clama. Escuta o seu chamado.

versão do livro

REINO DA POESIA

No Reino da Poesia, adentro com respeito,

olhar aceso, aberto às coisas que virão.

Caminho levemente, atento o coração,

buscando, na harmonia, o verso mais perfeito.

Não tenho pretensão de ser senhor/sujeito

do traço que brotar da pena em minha mão,

pois antecede ao mundo, o verbo, em criação.

o canto a ser forjado, há tempo estava feito.

A sensibilidade é apenas instrumento,

no Reino da Palavra, está tudo acertado.

A cada qual, papel, em pleno arranjamento.

Aceito, humildemente, o dom que me foi dado,

Escuto, com cuidado, a voz de encantamento

da Musa que me chama e atendo ao seu chamado!

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 27/12/2020
Reeditado em 21/03/2022
Código do texto: T7145293
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