Dom da poesia
Penetra humildemente o Reino da Poesia,
olhar aberto, atento àquilo que ouvirás.
Caminha levemente, alerta às coisas, mas
desarma o coração e busca a sintonia.
Não tenhas pretensão de ser senhor, sujeito
do traço que brotar da pena em tua mão,
pois antecede ao mundo, o verbo, em criação.
o canto a ser forjado, há tempo, estará feito.
A sensibilidade é apenas instrumento,
no Reino da Poesia, está tudo acertado.
A cada qual, papel, em pleno arranjamento.
Aceita, então, agora o dom que te foi dado,
ouvindo, com clareza, a voz de encantamento.
A Musa suave clama. Escuta o seu chamado.
versão do livro
REINO DA POESIA
No Reino da Poesia, adentro com respeito,
olhar aceso, aberto às coisas que virão.
Caminho levemente, atento o coração,
buscando, na harmonia, o verso mais perfeito.
Não tenho pretensão de ser senhor/sujeito
do traço que brotar da pena em minha mão,
pois antecede ao mundo, o verbo, em criação.
o canto a ser forjado, há tempo estava feito.
A sensibilidade é apenas instrumento,
no Reino da Palavra, está tudo acertado.
A cada qual, papel, em pleno arranjamento.
Aceito, humildemente, o dom que me foi dado,
Escuto, com cuidado, a voz de encantamento
da Musa que me chama e atendo ao seu chamado!