Nas Brumas da Saudade
Como um'alma que andas na soledade,
A vagar n'umbrosa dos sentimentos...
Vergasta-me o peito esta saudade,
Revivendo esses prístinos momentos.
Em silêncio vivendo, ó querida,
Tereis ainda como o bosque as flores...
Sonhos que brotam n'alma dolorida,
Pr'acalentar-me os velhos dissabores.
Assim os dias tristonhos e pulcros,
Partem no palor das horas, silentes
Como sombras frias p'los sepulcros.
Vergasta-me o peito esta saudade,
Caminhando entre os lírios calmamente,
Como um'alma que andas na soledade.