Soneto ao destino

As águas do mar que transbordam do coração,
Cheio de sentimentos e medos,
Afogam nas pedras do meu caminho,
Sem nenhuma canção para consolar.

Sua voz roca se perde na memória do choro da viola
De onde a campina se mostra la na planície,
De onde o sol se despede em silêncio,
Se preparando para apagar as perdas da triste despedida.

As tempestades caem para lavar os pés dos incrédulos
Que não souberam esperar pela chegada
Do dia D, na estrada do destino.

O fogo que a água não apagou espalhou-se pelas cachoeiras
Que viam e viram nos seus olhos o momento
Para soltar o sorriso de esperança que ficou presa ao acaso.