Soturnal

Pelas antigas ruas dos sepulcros,

Onde a noite vem a lua prateares...

Nesse horto sombrio de lírios pulcros,

Quanta ventura no teu solo jazes.

Nessa rua, silente, eu partirei,

Quando o eco no peito se calares...

Ó versos que pra trás eu deixarei,

Quem sabe um dia alguém há de lembrares.

Ó almas que encontrei pelas umbrosas,

Almas como a minha em seus fadários

Escutais vós que andais tão lamentosas.

De saudades morre meu coração,

Vendo a tarde os pássaros solitários

Partindo nas brumas da solidão.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 10/01/2021
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