Soturnal
Pelas antigas ruas dos sepulcros,
Onde a noite vem a lua prateares...
Nesse horto sombrio de lírios pulcros,
Quanta ventura no teu solo jazes.
Nessa rua, silente, eu partirei,
Quando o eco no peito se calares...
Ó versos que pra trás eu deixarei,
Quem sabe um dia alguém há de lembrares.
Ó almas que encontrei pelas umbrosas,
Almas como a minha em seus fadários
Escutais vós que andais tão lamentosas.
De saudades morre meu coração,
Vendo a tarde os pássaros solitários
Partindo nas brumas da solidão.