Vicejam ternas flores n'alvorada...
Vicejam ternas flores n'alvorada,
Redolências de rosas pelos ares...
Exala a flor dos sonhos desfolhada,
É noite de auríferos sonhares.
De lembranças pulcras enternecida,
Minh'alma hoje vaga na soledade...
As horas contemplando entristecida
Sob o brilho irial desta saudade.
Feres-me o peito a mão da nostalgia,
Vendo ternas flores que ali florescem
No alvor das horas mortas e sombrias.
Já andaste como a lua merencória,
Que ilumina as almas que padecem
Nesta efêmera e triste trajetória.