Um soneto de amor.

Teus seios choram pétalas fugazes

E caem belos teus cabelos tristes.

As rosas sorridentes e loquazes

Sorriem como tu jamais sorristes.

Teus olhos andam verdes, brancos, pazes

Eternos como o céu, imensos mártirs;

Refletem a aspereza e dor que trazes.

Teus olhos fundos, lindos, que caístes.

Ausência minha, grita-me em silêncio.

Abraça-me quieta, sã, com frio;

Recoste e durma. Sonhe em meio aos arcos.

Caminhe, amada. Corra em meio as pedras.

Enxergue a força com a estrela ladra;

A força dos teus olhos amazônicos.

Pedro Lino.

Pedro do Nascimento Lino
Enviado por Pedro do Nascimento Lino em 17/01/2021
Código do texto: T7162081
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