Nas mórbidas alturas refulgentes...

Nas mórbidas alturas refulgentes,

Floresceram tristes e solitários;

Como lírios nos campos redolentes,

Que encantam os tristíssimos fadários.

Nessas mórbidas alturas silentes,

Ó astros que vão sob os campanários...

Seguiam vós nas brumas serenamente,

Envoltos por alvíssimos sudários.

Nessas ermas paragens luminosas,

Onde sonhos jazem num céu etéreo

E as horas se findam tão vagarosas.

Eu vi-lhes indo juntos na surdina,

Alvos fantasmas sobre o cemitério

Envoltos pela mística neblina.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/01/2021
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