Nas mórbidas alturas refulgentes...
Nas mórbidas alturas refulgentes,
Floresceram tristes e solitários;
Como lírios nos campos redolentes,
Que encantam os tristíssimos fadários.
Nessas mórbidas alturas silentes,
Ó astros que vão sob os campanários...
Seguiam vós nas brumas serenamente,
Envoltos por alvíssimos sudários.
Nessas ermas paragens luminosas,
Onde sonhos jazem num céu etéreo
E as horas se findam tão vagarosas.
Eu vi-lhes indo juntos na surdina,
Alvos fantasmas sobre o cemitério
Envoltos pela mística neblina.