SONETO  DO  LIMITE

 

Dentro dos limites, o ângulo gera o vinco,

Que é o espaço cercado, cerceado na bandeja.

Contrastes defenestrados, portas sem trinco,

E o postigo escancarado que o vento beija,

 

Range... Ferragem e ferrugem, são do afinco

Do tempo que oxida, enrijece, que deseja

Paralisar o ato e o pensamento, seu abrigo;

Albergue secular:  tempo físico - químico...

 

E cada tempo comporta uma parte torpe,

Feita por anestesiado fragmento onírico,

Não submetido ao inexorável, dessa sorte

 

Que, para respirar, perde e se oxida, e ao  empírico Encarquilha sem ritual, prenúncio da morte
Viva...  E o sonho, intacto, é o que sobrevive, lírico...

 

 

 

 


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 30/10/2007
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