Pálida, formosa, serena e pura...
Pálida, formosa, serena e pura,
Revestindo de alvor os campos flóreos;
Lembra vida ao negror da sepultura,
És um anjo de olhar tão merencório.
Recamada de alvíssimas canduras,
Vais banhando serenos e notórios...
Os semblantes das pétreas esculturas
Dos anjos pelos túmulos marmóreos.
Manhã que vejo na erma solitude,
Doirada partires na pulcritude,
Deixando para mim os teus cantares...
Quem sabes o teu brilho matutino,
Seguirás comigo em meu destino,
Clareando os meus últimos sonhares.