Pálida, formosa, serena e pura...

Pálida, formosa, serena e pura,

Revestindo de alvor os campos flóreos;

Lembra vida ao negror da sepultura,

És um anjo de olhar tão merencório.

Recamada de alvíssimas canduras,

Vais banhando serenos e notórios...

Os semblantes das pétreas esculturas

Dos anjos pelos túmulos marmóreos.

Manhã que vejo na erma solitude,

Doirada partires na pulcritude,

Deixando para mim os teus cantares...

Quem sabes o teu brilho matutino,

Seguirás comigo em meu destino,

Clareando os meus últimos sonhares.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 21/01/2021
Reeditado em 21/01/2021
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