SONETO AO SONO

(do meu livro "Lira Casual, 2000)

Ó sono que das trevas apareces

e cantas teu canto em tom melancólico

e chamas os homens pro teu ritual

e os abatem com teu bocejo lógico

Ide! Ide de mim ó sono errante!

que às plagas do éter me levar desejas

e aos ventos soltar-me quando na aurora

dobrarem os sinos lá na fria igreja...

Teus caminhos são vagos e sombrios

onde os fantasmas da noite passeiam

e fazem com que eu tenha calafrios...

Deixai-me aqui - só com o meu sofrer

que a noite já é finda e o galo canta

que muita coisa tenho por fazer...

Wilmar J Rosolen Pimentel
Enviado por Wilmar J Rosolen Pimentel em 21/01/2021
Código do texto: T7164928
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