CORTEJO

Segue, lento, o fúnebre cortejo.

De longe, atento às múltiplas reações

Que retratam diferentes emoções,

Fico a pensar acerca do que vejo.

Há ali, por certo, quem, realmente,

Amara muito aquele que está morto.

E que, nesta hora, precisa de conforto,

Ante a perda, terrível, comovente.

Mas é certo que entre as muitas criaturas

Que acompanham aquele funeral

Haverá também quem, indiferente,

Nem sequer aquela morte lamente

E lá esteja por um dever social,

Alheio, dos outros, às agruras.

Bom dia, amigos.

Ótima sexta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 29/01/2021
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