Meu pai

Mais uma vez, à meia-noite, pontualmente,

Quando na cama deito-me para dormir,

Bem devagar ouço a porta se abrir

E meu pai adentra meu quarto, cortesmente.

Ao sentar-se à beira da cama, gentilmente,

Se está feliz ou triste não sei discernir –

Até se resolver que é hora de ir

Lá fica a encarar-me, silenciosamente.

Não me importo de o recepcionar;

De quando em vez a solidão vem me abater,

Então sua presença passei a apreciar.

O que de fato não consigo entender

É COMO pode ele tais atos praticar

Se há dezessete anos veio a falecer!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 01/02/2021
Código do texto: T7173620
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