Luta... Perdida

Sonhando essa diva que o fez prisioneiro…

Lúdico cantar de uma sereia maldosa.

Ao mar deitou as armas, já não é guerreiro;

Foi-se, no desejo da mulher caprichosa.

Eis que prostrado e cruelmente submisso,

já mendigando uma côdea do seu pão;

Sente que encontrou nas pedras, o seu feitiço.

Por ser acusado, de homem sem coração.

A desdita surda de um amor escondido;

Mostra no corpo a cicatriz de quem lutou.

Sente agora, que na coragem foi ferido.

Porque essa cruel diva nunca o amou…

Lança o gutural grito de homem perdido.

É prisioneiro e tristemente só… ficou.

(Soneto Alexandrino)

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 31/10/2007
Código do texto: T717451