A JOVEM MISTERIOSA

Esta jovem, de rara formosura,

Que algente passa, a despertar louvores,

Esmaga corações, pisando as flores

Que lhe atapetam a estrada da Ventura.

Buscam-na em vão; a estranha criatura,

Desprezando paixões, calcando amôres,

Sem se deter, ostenta, seus filgores,

Indiferente à alheia desventura.

Muita vez, um furtivo e doce olhar

lança a alguém, por capricho, ou sem cuidar

Que à chama da esperança se consome!

Irrequieta, voluvél, fugidia,

Sem no mundo a ninguém dar primazia,

Passa; FELICIDADE--eis o seu nome!

Jaubert
Enviado por Jaubert em 31/10/2007
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