Noite Solitária
Pendem os dias na sombra esquecidos,
Cantando a solidão em vossas árias...
Tombando-se num bosque, fenecidos
Ao cântico da noite solitária.
Ouvem-se os sinos suaves pelos ares,
Esses seres calados, soluçando...
Que andam por esses campos tumulares,
Os goivos da saudade desfolhando.
Na luz pálida que pende da aurora,
Adeus sonhares meus eu vou m'embora,
Adeus que a alma o peito atorçalaste...
Seguindo pela estrada luminosa,
Desfolhadas lamentam essas rosas
Que o brilho do luar as desfolhaste.