Anima Mea

E quando num entardecer cantando,

Eu pensares, em ti, tão langorosa...

Os páramos etéreos singrando,

Nas mórbidas brumas, silenciosa.

Vereis ainda n'ocaso padecendo,

Esses flóreos e sacros recantos...

Que hás de ir ao me deixar aqui jazendo,

Onde findam-se as mágoas e os prantos.

Oh! Minh'alma tão triste e solitária,

Como um bosque de cruzes e mistérios,

Que o silêncio ali entoas tua ária.

Em meio as brumas que a noite beija,

Singrando rumo aos páramos etéreos

Qual ave solitária que voeja...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 09/02/2021
Reeditado em 09/02/2021
Código do texto: T7180723
Classificação de conteúdo: seguro