Anima Mea
E quando num entardecer cantando,
Eu pensares, em ti, tão langorosa...
Os páramos etéreos singrando,
Nas mórbidas brumas, silenciosa.
Vereis ainda n'ocaso padecendo,
Esses flóreos e sacros recantos...
Que hás de ir ao me deixar aqui jazendo,
Onde findam-se as mágoas e os prantos.
Oh! Minh'alma tão triste e solitária,
Como um bosque de cruzes e mistérios,
Que o silêncio ali entoas tua ária.
Em meio as brumas que a noite beija,
Singrando rumo aos páramos etéreos
Qual ave solitária que voeja...