POETA

Então, sentado à escrivaninha,
Longe de tudo e de todos,
Ele escreve como vê os lodos;
Erra, reescreve e retira a “erva daninha”.


Rasga papel, não se convence,
A raiva que sente não transmite,
Seu sofrer jamais permite.
Essa lágrima, só à ele pertence.

Nada se percebe no grito
E convence pelo efeito brando,
Sem mágoa e sem atrito.


Obra finda. Suor e raiva..., ele acaba admirando,
Ao ver e sentir cada leitor contrito,
E ao seu esforço, jamais flagrando.


Ênio Azevedo
Baseada na poesia “A UM POETA” do mestre Olavo Bilac.
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 11/02/2021
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T7182280
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