SONETO DO AMOR PRISIONEIRO

Um poema-canção, uma saudade...

Faz pulsar o meu peito mais ligeiro;

Acusar um amor bem sorrateiro

Que tranquei desde cedo de idade.

Mesmo estando na minha intimidade

Condenado a prisão perpétua, a morte

Ele insiste em viver, jogar a sorte

O projeto que fiz pra eternidade.

O que posso fazer para deixá-lo

Pelas grades trancado no passado

Se ele é forte demais e eu não consigo?

É melhor, bem melhor então soltá-lo

Em um outro lugar sem ter perigo

Ir viver para sempre do seu lado!