Adeus
O adeus é um gérmen da saudade,
que brota, floresce...ganha o mundo!
Que enraíza tanto, e tão profundo,
que mata o sêmen da felicidade.
Todo adeus tem um quê de majestade,
que avassala um coração fecundo.
Semeia, rega, e guarda no fundo
raizes de amor e de maldade
que crescem juntas, numa união,
onde a vida imerge a metade
num mergulho de profícua servidão.
A razão, enfim, perde a sanidade.
E, insanos, os pensamentos vão
germinar outro adeus noutra saudade.