Ó poetas dos caminhos enluarados...

Ó poetas dos caminhos enluarados,

A noite quando vem silenciosa...

Nos faz lembrar dos tempos já passados,

Acordes d'uma lira lamentosa.

E a alma que busca os páramos sagrados,

Após deixares a cova ascorosa...

Vês que a vida é como os flóreos prados

Onde só, feneceste a pobre rosa.

E tudo vais ao cântico das horas,

Sob o brilho d'um céu esplendoroso

Como as noites que morrem nas auroras.

Se vão os dias, pássaros sem norte,

Voando pelo entardecer silencioso

Com destino aos recônditos da morte.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 20/02/2021
Código do texto: T7188794
Classificação de conteúdo: seguro