Cobrem do meu passado a sepultura...

Cobrem do meu passado a sepultura,

Essas sombras nevoentas e calmas...

O fado onde soluçam pobres almas

Que andejam pelas plagas d'amargura.

Vestidas pelo véu dessas alvuras,

Seus passos suavilíssimos e calmos...

Recordam-me dos cânticos e salmos,

As vozes das sagradas escrituras.

Deixando para trás os seus plangores,

Caminham relembrando das auroras

Pelas noites de etéreos esplendores.

Essas almas pelas covas sombrias,

De quem aqui já não mais vive e choras,

Ouvindo do silêncio as melodias.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 20/02/2021
Reeditado em 20/02/2021
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