Cobrem do meu passado a sepultura...
Cobrem do meu passado a sepultura,
Essas sombras nevoentas e calmas...
O fado onde soluçam pobres almas
Que andejam pelas plagas d'amargura.
Vestidas pelo véu dessas alvuras,
Seus passos suavilíssimos e calmos...
Recordam-me dos cânticos e salmos,
As vozes das sagradas escrituras.
Deixando para trás os seus plangores,
Caminham relembrando das auroras
Pelas noites de etéreos esplendores.
Essas almas pelas covas sombrias,
De quem aqui já não mais vive e choras,
Ouvindo do silêncio as melodias.