Oh! Minh'alma no peito a jazer...
Oh! Minh'alma no peito a jazer,
Nas horas que o travor me apunhalaste;
Olhando reluzente entardecer,
Em lágrimas meus olhos afogaste.
Acompanhas-me os passos vagarosos,
Uma sombra pelas noites sem luares...
Nos caminhos ermos e pesarosos,
Seguindo-me calada e sem cantares.
Caminhos serenos e d'esplendores,
Onde vibram sinos e serenatas,
E tu, minh'alma exprime tuas dores.
Lembrando os etéreos entardeceres,
Que refletem a luz nas colunatas
Aqui deixo os meus íntimos sofreres.