Soneto para minha Amada

Ah! amada cruel, Ah! fementida,

Peito mais duro que a rocha mais sólida

os mimosos combates da ternura

não te comovem a alma empedernida

Que te faltas, Pastora desabrida,

Compensar minha fé confiante e pura,

Não te horroriza a feia desventura

Que anda sempre comigo em crua lida?

Acalma-te e veja o que é desdouro da beleza

em manter um coração falto, aleivoso,

nos desprezos d'Amor só com firmeza

mas ah! que o tempo muda, inda ditoso

talvez que venha a ser minha empresa

que nem sempre o desdém é caprichoso

Leandro Sarno
Enviado por Leandro Sarno em 21/02/2021
Código do texto: T7189812
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