Divina

Adoro quando os meus olhos deslizam

a limpidez sutil de tuas rendas,

sequiosos pelas suaves oferendas

que tu me dás e ao mundo escandalizam.

Cresce o desejo de que em ti me prendas,

porque bem vês o quanto me eletrizam

sabores que nessa hora se realizam,

saber que neles sempre te surpreendas...

Pois nem te sei dizer como é envolvente

este afortunado e hílare momento

em que o nosso destino se pressente...

Nesse existir que traz contentamento

vou vivendo, divina, como um crente

que em ti somente encontra lenimento.

Reginaldo Costa de Albuquerque
Enviado por Reginaldo Costa de Albuquerque em 15/11/2005
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T71932