Divina
Adoro quando os meus olhos deslizam
a limpidez sutil de tuas rendas,
sequiosos pelas suaves oferendas
que tu me dás e ao mundo escandalizam.
Cresce o desejo de que em ti me prendas,
porque bem vês o quanto me eletrizam
sabores que nessa hora se realizam,
saber que neles sempre te surpreendas...
Pois nem te sei dizer como é envolvente
este afortunado e hílare momento
em que o nosso destino se pressente...
Nesse existir que traz contentamento
vou vivendo, divina, como um crente
que em ti somente encontra lenimento.