EU ERA FELIZ E NÃO SABIA

Oh! Que saudades de quando vivia no mato,

Andava descalço esbanjando muita saúde,

Corria pelas matas, tomava banho nu no açude,

Sem pensar em dívidas, terno, gravata e sapato.

Vivia como nasci, e morei do jeito que bem quis,

Quando usava alpargatas era de pneu de caminhão

Os pregos furando os pés, ela deixando rastos pelo chão

Andava assoviando ou cantarolando , não sabia, era feliz.

Quando chovia, sentir o cheiro de terra molhada,

Dava uma sensação enorme da importância do chover

Ver o gado pastar na vastidão do capim, e ver a lavoura crescer.

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A chuva era bem vinda e por todos, ela era amada,

Os animais, os homens agradeciam com prazer,

Eu era feliz no mato, demorei muito para perceber

João Pessoa-PB, 26/02/2020 Francisco Solange Fonseca