ALEGORIA

A noite se levanta logo após

Trazer à natureza, lentamente,

O medo de tornar-se eternamente

A sombra estranha que persiste em nós.

Assim ficamos desfazendo os nós

Da amena viração que calmamente

Invade o coração numa torrente

E impede de que nós sejamos sós.

O tempo que percorre a imensidão

Demonstra a consistência da função

No qual o ser humano se aprofunda,

Apenas para enfim permanecer

A mesma dúvida assombrando o ser,

Que vive nessa lógica infecunda.

ANÍSIO LIRA
Enviado por ANÍSIO LIRA em 02/03/2021
Código do texto: T7196629
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.