ALEGORIA
A noite se levanta logo após
Trazer à natureza, lentamente,
O medo de tornar-se eternamente
A sombra estranha que persiste em nós.
Assim ficamos desfazendo os nós
Da amena viração que calmamente
Invade o coração numa torrente
E impede de que nós sejamos sós.
O tempo que percorre a imensidão
Demonstra a consistência da função
No qual o ser humano se aprofunda,
Apenas para enfim permanecer
A mesma dúvida assombrando o ser,
Que vive nessa lógica infecunda.