Levavas n'alma os dias já fanados...
Levavas n'alma os dias já fanados,
Na luz pálida que adeja os verdores.
Silente pelos trilhos enluarados,
Sob o brilho de etéricos palores.
Levava-lhes no peito tão calados,
Na esperança de ouvir-lhes entre flores,
Éreos sinos dos tempos já passados
Que pra mim deixaram os teus plangores.
No entanto, partiram na solitude,
Como a névoa que foste esvanecendo,
E pouco a pouco ouvir-lhes já não pude.
Só o silêncio do bosque que orvalha,
Em meio as sombras que vão lhe envolvendo
Na soturnez de lúgubre mortalha.