Paradoxo da não vontade

Se pela utopia deleitar-se-ia o cerne,

Pelo sopro do inverno a qual motim:

Tal adrenalina ao cérebro discerne,

Mas habitual à língua demuda latim.

- A vós! De ameno o aroma a pairar...

- Se ali, os ventos já quão me seguem -

Falar-me-ia na calmaria do canto e ar

Que no mesmo a quem e advém?

Que, no tronco e o silêncio que precede.

Ao ouviste ao longe, bem de longe a fonte,

Que desagua até mesmo na sua cede,

Que sacia a vontade por cima da ponte.

O silêncio está contigo e não cisma,

Não na vontade, mas no que não precisa.

Anderson Pagotto
Enviado por Anderson Pagotto em 07/03/2021
Código do texto: T7200702
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.