E as rosas dos prantos trago fanadas...

E as rosas dos prantos trago fanadas,

De quem n'alma não sentiste os carinhos,

Ó lamento das tardes desfolhadas

Na mudez dos desérticos caminhos.

Ó minha amada sob este amplo céu,

De alvuras e luares minha amada,

Que embala-nos a morte com teu véu

A cantar-nos uma lira magoada.

E serenas depois as nossas almas,

De sentirem gelados esses beijos

Irão como o ocaso nas horas calmas.

Tens no olhar fulgências de alvos círios,

E o silêncio dos nossos desejos

A florescerem em nós como os lírios.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 09/03/2021
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