Místicos Luares

Velha tristeza meu peito embala,

Ouvindo do passado seus cantares.

A rosa da saudade despetala

No silêncio desses místicos luares.

Alvoreceste, aurora entristecida,

Como a alma no peito amortalhada,

Vendo a lua pelo céu esmaecida

No recôndito azul da madrugada.

Lua serena de alvura e de encanto,

Que traz-me nesta vida passageira

O brilho que iluminaste o meu pranto.

Ai, tão bela estavas e deslumbrante,

Envolta pela névoa derradeira

A fria palidez do teu semblante.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 16/03/2021
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