Carmelitas de compiégne

Sem janela que permita do sol entrada

Do crepúsculo beleza e cantos mil,

Armaduras, correria, foices vil

Jacobinos desvelando o que velava.

Nobres damas saindo de mãos dadas

Escoltadas para o longe, praça vão

Acusadas de ser, contas na mão,

De vermelho marrom veste é encharcada.

Multidão que se prepara e ao ver se cala

Não balbucia nem se ergue na peleja

O Carrasco limpa a fronte, rubra marca.

Um pós outro os degraus chegam n'altar.

Corpo ao chão, almas ao céu por tanto amar

Uma a uma, sem cabeça, santas freiras.

Alberto Anderson
Enviado por Alberto Anderson em 20/03/2021
Código do texto: T7211921
Classificação de conteúdo: seguro