Tarde Fúnebre
Morta foste nos tons crepusculares,
Na luz pálida do astro que velavas.
Deixando para trás sem nem olhares,
As vestes d'amargura que trajavas.
Como um sonho triste que já passaste,
A tarde, em silêncio, aqui morreste;
A olhar-te quem estavas se encantaste
E num profundo sono adormeceste.
Vieram as brumas que o céu adejam,
E eu fiquei com a dor da despedida
Como as flores mudas que vicejam.
E seguiste sem a luz de um carinho,
Sob a sombra da noite adormecida
Que cobrindo ias este meu caminho.