COMO ΙΞΙΩΝ

A vida é curta para o mal que te desejo,

Todo o teu sangue, derramado pelo chão,

Dilacerado o teu pescoço, num lampejo,

Minha vingança pela tua traição.

Da morte a lira toque as notas em arpejo.

Sofre sabendo que jamais terás perdão,

Que mil demônios acompanhem teu cortejo,

Rumo ao inferno em sua longa direção.

O mal que me fizeste esteja em teu castigo,

Sejam teus passos rodeados de perigo,

Da voz celeste nunca mais ouças o som...

Gire incessante a roda horrível da desgraça

Nas tuas costas, o suplício que são passa...

— Em tempo e espaço, muito longe de algo bom!