Mito Grego moderno

A falta faz falta pra quem não tem natureza?

Dos primórdios olhares a jurada mentira:

Da velhice mortal, feminina inda a impureza,

No acolher os afetos na subversiva safira.

Quando a chegada os calos do dedo,

Que sua substância falha na falta:

Que a beleza rivaliza ao seu desapego

Não de entes, mas falta de afeto exalta.

O profano literário e o juntar das línguas,

O despido “pagão” em volta da sacerdotisa:

No barro concreto e na cultura ambígua,

Que no comer da maça se constrói narrativas.

Dos mitos aos ninguéns, faz falta o espírito,

Que nele nem todas as línguas têm emérito.

Anderson Pagotto
Enviado por Anderson Pagotto em 29/03/2021
Código do texto: T7219133
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