Máscara da face
Ris para negar tua solidão
Mas nesse riso aparece a tormenta
E enquanto mais ri, no teu coração
O querido engano muito aumenta
Usas teu vício e perdes a razão
Pensas somente na taça agourenta
E o que era uma simplória diversão
Tua carne pensa que é sedenta
Mas, se queres, vai, continuas rindo
Com o teu olhar tristonho, mas sorrindo
Mesmo o teu mundo sendo tão sem cores
Na mesma noite que bebes teu vinho,
Pensas que o viver é viver sozinho
Enxugando as próprias tristezas, dores...