SONETO CANSADO


Tantos sentires tão doídos
Dores que também são nossas
Parece que fomos moídos
Opacidade no olhar vida sem bossa 

Tudo está desnorteado e parado
Limbo nú sem céu ou inferno 
Muitas coisas postas de lado
Primavera sem flor morno Inverno 

O estupor é doloroso e constante 
Diário e desconstrutor de alma
A resiliência é quase um mutante

O passado tão relembrado
Faz-se presente à toda hora
Desejos de um fim abençoado
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 30/03/2021
Código do texto: T7219965
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.