Gaiola da saudade

Abri a porteira da enganosa fantasia.
Mandei o sonho duvidoso ir embora.
Ou a liberdade ele apenas ignora...
Ou necessita estar preso à poesia...

O seu cárcere privado é voluntário...
Seu versejar é talvez sua sentença...
Livre ou preso, qual é a diferença?
Se o coração já não é um réu primário?

E nas grades de arames tão dourados
Ele debate-se algemado ingenuamente...
Fazendo versos no seu exílio inspirados.

E já não enxerga o valor da liberdade...
Segue sentindo-se cativo eternamente...
Dentro da sua bela gaiola da Saudade.


Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 31/03/2021
Reeditado em 31/03/2021
Código do texto: T7220094
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