MÃO AUGUSTA...

Nada mudou por dentro em mim, mas nada, nada?

Lá fora o mal caótico e sabotador

Das flores no jardim deixando espinho e dor

Trazendo as aparências da mudança errada...

Transformação em mim transforma-se calada

Como o desabrochar sutil de qualquer flor

Ou como o esculpir da pedra num labor

Das mãos do criador à obra burilada...

Não é "abracadabra", nem "pirlimpimpim"...

É a mágica do tempo numa lei sem fim

Calma, sutil, eterna, imutável e justa...

Na consciência está escrita esta lei

Se santo, pecador, se súdito ou rei

Importa é sentir do amor a mão augusta...

Autor: André Luiz Pinheiro

02/04/2021