OBSCURO

Então, vamos, nós, ao insulto

E sem aceitar a ideia estranha

De sermos algo, assim, obscuro

E tão, somente, a dor na entranha

E vamos, nós, tais cavalheiros

Tão somente de bons costumes

Os quais admiro como olheiro

A sanidade de vossos moldes

E lá vamos nós, ó senhores

Aos pares de vossas senhoras

O ser incapaz de trazer as dores

A quem lhes entrega todas as horas

E vamos nós, ó vossas senhoras

Ao destino que nos cria todas formas.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 03/04/2021
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