Taciturna Intimidade

O fim jubiloso não se apresenta neste drama,

Na esperança que retorna, todavia, arrefece,

Feito um moribundo, que tão logo emudece,

Agora, anseio a morte desta virulenta flama.

Para que vou desvelar o amor a quem não ama?

A teia do desamor sempre idealiza, e então tece,

Crê que o amor na vida duas vezes não acontece,

Validando todo o fel, que no seu âmago inflama.

A apatia, cíclica, toda vez blasona, ergue, ostenta,

Mesmo no ímpeto de uma atração ávida, violenta,

Imerge num oceano infausto e de austeridade.

O afeto, que um dia aduziu em tamanha profusão,

Mas perante tantos pecados, rechaçou a remissão,

Ainda habita nos confins de sua taciturna intimidade?

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 04/04/2021
Código do texto: T7223653
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