Último Encontro

Cobraste, muitas vezes, mais presença,

Mais diálogo, calor e mais afeto

E dizias tu nunca estar completo

O fluxo de minha afeição imensa.

E sempre indiferente, sempre tensa,

Nunca viste, igual à mãe que ama o feto,

Que morava em mim o ardente, o mais discreto

Amor, como em montanha bruma densa.

Porém, se porventura, eu merecesse

As cobranças que sempre me fazias,

Eu, neste último encontro, então devesse

Dizer-te que dormi em noites frias

E que talvez de ti não me escondesse,

Apenas ao teu lado não me vias.

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 08/04/2021
Código do texto: T7226957
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