Milagre do pão

Em concha, o lavrador, abrindo a mão,

Entrega, à terra fértil, o grão de trigo.

Semente que, no solo, busca abrigo.

Com fé na mesa farta e plena em pão.

Rente ao torrão, acorda, sem perigo,

A tenra planta, ciente da missão.

Mirando o céu de sol, vivo clarão,

E a chuva mansa, e o vento em sopro amigo.

O verde intenso, logo, na campina

De ponta a ponta, inteiro predomina!

Um canto, em coro, com sabor de infância!

E, em breve, os campos de trigal maduro,

Vestido em ouro, intenso brilho, puro,

Anunciando um tempo de abundância!

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 01/05/2021
Código do texto: T7245384
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.