Para tempos sombrios

Fragmentos do pó a esperança

encerra pálida na doída obediência

alumiando incerta a andança

que insiste em desfazer-se de tal doença

Se vão os tempos de são otimismo

em que a firme ilusão se aquecia

no vislumbre do ensimesmado destino

vestido de sonhos, cujos males esquecia

Brilha já distante a estrada de outrora

da livre expressão, casta e ingênua

Tarda o amanhã, que o enigma demora

É dura a dita causa, dura dita de meu pesar

não há ternuras que descrevam a tortura

de se esconder, esquecer e não contrariar

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 07/05/2021
Código do texto: T7250399
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